22 de janeiro de 2025 - 1:03 PM

Jair Tércio: quem é líder de seita que estuprou mulheres na Bahia – UOL Confere

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Jair Tércio Cunha Costa, conhecido como o “falso profeta”, foi condenado a 17 anos e seis meses de prisão após ser acusado de uma série de crimes sexuais na Bahia, e está foragido. Ex-grão-mestre de uma loja maçônica, ele utilizava sua posição para abusar de mulheres, convencendo-as de que era um “ser iluminado”.
Acusado de mais de uma dezena de assédios sexuais no estado, Jair Tércio Cunha Costa se autointitulava um “Messias” ou “líder espiritual”, abusando de sua influência para explorar mulheres e adolescentes sexualmente. Sua lista de crimes abrangeria 21 vítimas no total, embora nem todas tenham resultado em condenação devido à prescrição dos crimes.
Ele foi denunciado oficialmente por abusar de 14 mulheres, muitas delas menores de idade, e submetê-las a violência moral e psicológica. Originalmente, Jair Tércio havia sido sentenciado a 13 anos e quatro meses de prisão, mas em fevereiro deste ano sua pena foi aumentada para 17 anos e seis meses em regime fechado. Esse aumento ocorreu porque o crime foi reclassificado de importunação sexual para estupro de vulnerável, conforme o artigo 217.
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Costa iniciou sua trajetória como líder espiritual em 1984, fundando a OCIDEMNTE (Organização Científica de Estudos Materiais, Naturais e Espirituais). O perfil da organização ainda existe no Instagram e a última publicação foi feita em 2023.
Os seguidores de Costa precisavam passar por rituais de iniciação, sempre realizados em locais paradisíacos. Nesses rituais, passavam fome, frio e sede, e eram submetidos a exercícios de resistência física e psicológica.
Costa dizia ser a reencarnação de Jesus e, ao mesmo tempo, do profeta Maomé e do pintor Leonardo Da Vinci. Seus seguidores ainda o defendem das acusações, citando a pureza de suas intenções. Porém, mulheres ouvidas pelo programa Linha Direta, da TV Globo, expressam o contrário.
A pedagoga Tatiana Badaró contou que, aos 16 anos, começou a namorar um rapaz que seguia os preceitos do Imutabilismo, como é chamada a seita criada por Costa. Após engravidar, foi chamada pelo “mestre”, que lhe disse que o namorado só assumiria a criança se ela passasse a fazer parte da seita.
Já fazendo parte do grupo, Tatiana teve que passar a seguir os “códigos de conduta” da seita permitindo, entre outras coisas, que o então namorado rasgasse todas as suas roupas para, depois, determinar as que seriam usadas por ela.
Outra participante da seita, não identificada pelo Linha Direta, afirmou que Costa começou a pedir fotografias a ela. Ele dizia que iria fazer uma “leitura” dela, para que pudesse encontrar caminhos e se “libertar”.
Ouvida pelo programa, a promotora de Justiça Márcia Teixeira contou sobre uma jovem lésbica submetida a uma sessão de “cura” da homossexualidade ao ser fecundada com os espermatozoides do líder da seita. O que, segundo a Justiça, configura em um “estupro corretivo”. Ou seja, uma prática criminosa em que uma ou mais pessoas, geralmente familiares ou pessoas próximas, violam um indivíduo, supostamente para alterar a sua orientação sexual.
Eu confiava muito nele e queria ser curada mesmo, queria sair daquele martírio que ele colocava na minha cabeça. Se era um sofrimento, tinha cura. Eu não sabia por que a minha família toda é de héteros. Cresci vendo que o normal era uma mulher e um homem estarem juntos e terem filhos, afirma a jovem.
Chamada para uma visita presencial ao flat onde Costa vivia, ela foi estuprada pelo líder. “Ele arrancou minha roupa e me violentou de uma maneira muito bruta. Naquele momento eu descobri da pior forma possível que ele era homem e o que era estar com um homem. Ele tirou tudo o que havia de mais puro em mim. A minha inocência, a minha virgindade. Ele se transformou em um bicho, um animal”.
Costa foi condenado a 12 anos de prisão pelo estupro dessa jovem. Ficou claro para a Justiça que ele abusava de menores de idade, o que ficou comprovado por mensagens trocadas com outra adolescente, de 16 anos.
O “falso profeta” é considerado um foragido da justiça e atualmente consta na lista da Interpol. Quem tiver informações sobre o seu paradeiro pode informar através do número de telefone 181, de forma sigilosa.
O UOL entrou em contato com a Fundação Ocidemnte e o Ministério Público da Bahia para obter mais informações, mas até o momento não houve resposta aos questionamentos. O espaço segue aberto para manifestações.
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