Fugitivos de Mossoró são presos após 50 dias a 1.600 km de presídio – UOL Confere
Os dois homens que fugiram da penitenciária federal de Mossoró (RN) foram encontrados e presos hoje por volta das 13h30. Foi a primeira fuga de um presídio de segurança máxima do país.
Após 50 dias de buscas, os dois detentos que escaparam do presídio de segurança máxima foram encontrados em Marabá (PA), a cerca de 1.600 km de Mossoró. O Ministério da Justiça e da Segurança Pública montou uma força-tarefa de cerca de 500 agentes para encontrar Rogério da Silva Mendonça, 33, e Deibson Cabral Nascimento, 35, após a fuga em 14 de fevereiro
Os fugitivos e outros quatro homens estavam em Belém e foram capturados quando se deslocavam em três carros para Marabá: “Estavam num comboio do crime”, disse o ministro ministro Ricardo Lewandowski (Justiça). Rogério e Deibson, que integram a facção Comando Vermelho do Acre, viajavam em veículos diferentes — que eram conduzidos pelos comparsas — e tinham outro carro na “escolta”, segundo a PF.
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A polícia apreendeu um fuzil AR-15, dois carregadores de munições cheios e oito celulares com os fugitivos, e afirma que eles planejavam deixar o Pará quando foram capturados. O grupo foi preso na BR-222, em uma ação conjunta entre a PF e a PRF, nas imediações de uma ponte rodoferroviária.
A PRF usou três viaturas e contou com a participação de 12 agentes. “Saímos da busca física, e trabalhar na parte da inteligência”, disse Lewandowski hoje em entrevista coletiva para detalhar a ação.
Os fugitivos voltarão para a unidade prisional de Mossoró. Segundo Lewandowski, os dois ficarão separados na penitenciária. “O sistema penitenciário federal não é mais o mesmo desde a data do evento [fuga] — 10 mil novas câmeras serão instaladas e a iluminação também foi trocada”, disse hoje André Garcia, secretário nacional de Políticas Penais.
Os outros quatro presos são do Pará e a polícia investiga se eles integram o CV. Foram identificados 3 dos 4 detidos hoje com dois fugitivos: Jefferson Augusto Magno Favacho; Juarez Pereira Feitoza e Italo Santos Sena.
Eles voltarão para a penitenciária de onde fugiram, em Mossoró, totalmente reformulada. Haverá inspeção diária. A direção foi trocada. De lá certamente não se evadirão.
Diria que [o tempo para captura] segue os paradigmas internacionais de localização de fugitivos de penitenciárias. Não chegamos a dois meses. Um país de dimensões continentais, o local onde eles se refugiaram era um local de mata.
Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça
Fugitivos são “matadores do CV”, diz a polícia. Fontes ouvidas pela reportagem indicam que os fugitivos não integram o alto escalão da facção e que são conhecidos por serem encarregados por assassinatos de pessoas no “tribunal do crime”. O UOL não localizou os advogados deles.
Os dois detentos estiveram em rebelião em presídio do Acre em 2023. Deibson e Rogério foram então transferidos para a unidade federal de Mossoró em julho do ano passado.
Deibson cumpria pena de 81 anos de prisão. Conhecido como Tatu, ele tem o nome ligado a mais de 30 processos e responde por crimes como tráfico de drogas, organização criminosa e roubo por assalto a mão armada.
Rogério foi condenado a 74 anos de prisão e responde a mais de 50 processos. Conhecido como Martelo, ele tem uma suástica tatuada na mão e é acusado de homicídio qualificado, roubo e violência doméstica.
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Inicialmente, agentes federais e estaduais concentraram as buscas num raio de 15 km de distância do presídio. Lewandowski anunciou em 19 de fevereiro o emprego de mais cem agentes da Força Nacional para atuar nas buscas. A corporação saiu da área em 29 de março.
Secretarias da Segurança de três estados anunciaram que estavam atuando juntas para fiscalizar divisas. Rio Grande do Norte, Paraíba e Ceará aumentaram o policiamento terrestre e aéreo da região. A Interpol foi alertada.
Roupas e pegadas foram encontradas por equipes da força-tarefa dois dias depois da fuga. Calçados e camisetas — que podem ser dos dois fugitivos — foram localizados em uma área rural de Mossoró. Com isso, as buscas se intensificaram na região.
No total, 14 pessoas foram presas em flagrante por suspeita de ajudar os fugitivos — incluídos os quatro homens detidos na captura de hoje. Na primeira semana de buscas, duas pessoas foram presas em flagrante e outra preventivamente. Em 22 de fevereiro, a PF cumpriu nove mandados de busca e apreensão nas cidades de Mossoró, Quixeré (CE) e Aquiraz (CE).
Detentos abriram parede de presídio e fugiram por área próxima da luminária da cela. Deibson e Rogério fugiram pelo telhado da penitenciária na madrugada de quarta-feira de Cinzas.
Lewandowski elencou uma série de falhas nos protocolos de segurança na unidade. Segundo o governo, o presídio federal passava por uma obra de manutenção, e os presos teriam tido acesso às ferramentas utilizadas na reforma — que não estavam trancadas.
Defeitos na construção do presídio também foram apontados. A saída pelo teto teria sido possível porque o prédio é de alvenaria e não de concreto. Câmeras e luzes não estavam funcionando adequadamente.
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