11 de janeiro de 2025 - 12:02 PM

Plano de Recuperação Extrajudicial da Casas Bahia sofre tentativa de impugnação – Monitor do Mercado

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O Grupo Casas Bahia (BHIA3) informou na noite desta quarta-feira (5), que o seu pedido de Recuperação Extrajudicial (RE) sofreu uma tentativa de impugnação por parte da Opea Securitizadora e da Pentágono Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários. 
As empresas são responsáveis pela emissão de debêntures e também atuam como agente fiduciário dessas emissões feitas pela Casas Bahia. A companhia, no entanto, afirmou não reconhecer os motivos para a impugnação.
A varejista destacou na nota enviada à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que o seu plano de RE homologado em 28 de abril mediante a dívidas de R$ 4,1 bilhões atende todas as exigências legais aplicáveis.
Além disso, a empresa afirma ter o apoio de cerca de 55% dos seus principais credores, portanto, com a quantia mínima necessária para que o processo seja homologado na Justiça e siga com todos os trâmites legais para que o pedido seja aceito.
“A companhia responderá às impugnações no prazo legal e manterá seus acionistas e o mercado em geral devidamente informados sobre quaisquer desdobramentos relevantes a respeito do assunto”, afirma.
O pedido de recuperação extrajudicial da Casas Bahia representa uma tendência recente do varejo brasileiro. A própria companhia tem registrado trimestres negativos em sequência. O balanço referente aos primeiros três meses deste ano apontou para um prejuízo líquido de R$ 261 milhões.
Somente a dívida líquida ajustada da companhia está na casa de R$ 1 bilhão, enquanto o valor bruta atingido neste primeiro trimestre — valor exposto no plano de RE — já ultrapassou os R$ 4 bilhões. 
No ano passado, a crise do setor também fez com que empresas como Magazine Luiza (MGLU3) perdessem bilhões em relação ao seu valor de mercado. Ao todo, os papéis da empresa perderam mais de 50% do seu valor em 2023.
Os últimos dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) sobre o varejo brasileiro apontaram para uma estabilidade (0,0%) no volume de vendas. Os dados são referentes a passagem do mês de fevereiro para março.
No acumulado do ano, há expansão de 5,9%, enquanto no acumulado dos últimos 12 meses, a alta é de 2,5%. O primeiro trimestre fechou com um avanço de 1,2% no volume de vendas no país. Os dados representam uma possível melhora ao longo de 2024, o que elevaria o patamar das principais varejistas do país.

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