Reservas levam o Bahia para a final do Campeonato Baiano

Os reservas do Bahia representaram o time em boa parte do Campeonato Baiano, inclusive nos dois jogos da semifinal contra o Jequié. Na tarde do último sábado, Estupiñán, Ademir, Luciano Juba e companhia foram mais que suficientes para o —Tricolor dominar a partida do começo ao fim e golear o Jipão na Arena Fonte Nova por 4 a 1.
Não é exagero dizer que foram os reservas que colocaram o Bahia na final do Campeonato Baiano. Não foi só na semifinal que eles decidiram para o Tricolor. Na fase de grupos, Rogério Ceni só usou força máxima em duas oportunidades, contra Itabuna e Vitória. Nas demais partidas, o Esquadrão esteve em campo sempre com muitos reservas.
A teoria da escolha de Rogério Ceni já é conhecida. A rotação do elenco ajuda a controlar os minutos dos titulares e também aumenta a competição interna. Mas nada disso seria suficiente se na prática os reservas não dessem conta do recado. E eles deram. Tanto deram que o Bahia chega à final com a melhor campanha e o mando de campo praticamente garantidos [o Vitória teria que vencer por dez gols de vantagem para esse cenário mudar].
O jogo
Na tarde do último sábado, contra o Jequié, os reservas do Bahia tiveram sua melhor atuação no estadual. O Tricolor pisou no acelerador desde os primeiros minutos da partida e criou chances em escala industrial na Fonte Nova. O time só demorou para abrir o placar porque a pontaria dos atacantes deixou a desejar.
Biel finalizou de longe, Yago Felipe chutou travado de dentro da área, e Estupiñán mandou por cima da meta em chance clara para abrir o placar. O Jequié foi empurrado pelo Bahia e viu o Tricolor mostrar seu repertório ofensivo, com triangulações pelos dois lados do campo e muitas jogadas de ultrapassagem
As melhores chances do primeiro tempo foram desperdiçadas por Estupiñán e Ademir, e tiveram como ponto em comum o autor dos passes: Luciano Juba. Mais uma vez como meio-campista, o camisa 46 teve atuação consistente e fez a parte dele para municiar o ataque. Faltou mais capricho dos companheiros de time para ele colocar pelo menos uma assistência na conta.
– Não me foi perguntado, mas vou falar sobre o Juba. Para mim foi o melhor jogador, hoje fazendo essa função por dentro. Eu gostei muito do jogo dele, jogo inteligente, teve passe, finalização e cruzamento – avaliou Rogério Ceni na entrevista coletiva após a partida.
O gol do Bahia só saiu na reta final do primeiro tempo, em cabeçada de Estupiñán. O centroavante, que terminou a partida com um hat-trick, não estava bem no jogo e mostrava limitações técnicas. Mas, ao menos neste sábado, superou esses problemas com muita presença de área para marcar mais duas vezes, sempre no melhor estilo centroavante de força física.
Ademir e Rafael Ratão também foram boas notícias vindas do time reserva. O camisa sete segue com problemas de finalização, mas participa bem do jogo e cria chances no ataque. Ele foi responsável por duas assistências. Ratão, que começou no banco, balançou as redes e chegou ao quinto gol na temporada.
O ponto negativo dos reservas do Bahia, contra o Jequié e de uma maneira geral, tem sido Adriel. O goleiro até tem boas defesas aqui e ali, mas ainda não passa confiança embaixo das traves do Tricolor. No último sábado ele voltou a cometer erros, e um deles custou a “baliza zero” do Esquadrão na Fonte Nova.
Próximos passos
Com a vaga garantida na final do Campeonato Baiano, o Bahia agora direciona o foco para a Copa do Nordeste. O Tricolor vai fazer três partidas seguidas pela competição regional, e a próxima será contra o Vitória. O Ba-Vi #495 está marcado para as 21h30 desta quarta-feira, na Arena Fonte Nova, com torcida única do Esquadrão.